Reacção ao fogo

Ola,

Peço desde já desculpa pelas inumeras duvidas que tenho colocado.

Relativamente a este tinha alguma urgência, caso alguem me possa responder.

De acordo com a portaria 1532 não encontrei nenhuma referencia relativamente a isto, mas é possivel aplicação de papel de parede por exemplo por cima de um painel de gesso da classe A1, para um local de risco C? Ou o papel de parede também tem de estar certificado e ser de classe A1?

Muito obrigada desde já.

Cumprimentos, RD.

Caro uriel,
Relativamente ás classificações de reacção ao fogo dos materiais de construção, aconselho a aquisição do ITE55 no LNEC.

Dificilmente algum painel de gesso cartonado habitual, obtém a classificação A1, eu não conheço. (não deve comparar com as equivalencias constantes dos anexos do DL220/2008, especialmente desde que foi publicado o ITE55).

O papel de parede (em papel ou vinilico, etc), concerteza não é A1 (nem nunca será, peça lá o certificado de reacção ao fogo do mesmo.. possivelmente é um C).
Esse local de risco C é o quê, uma cozinha? de que UT?

Obrigada pela resposta.

Não eu apenas falei em local de risco C, para ser mais abrangente.

Na realidade trata-se de um pavilhão multiusos com locais de risco B (A2-s2 d0), em que o dono de obra pretendia usar revestimentos de parede em palcas de derivados de madeiras. A classe mais próxima para este tipo de elementos que eu encontrei foi B-s2 d0.

Assim o dono de obra perguntou se usando paineis de gesso classe A1 (existem, por exemplo os paineis AM da placonorte) e com um papel de parede por cima.

Eu encontrei uma informação (embora brasileira) que se caso o papel de parede não ultrapasse-se os 0,9 mm, podia-se avaliar pela reacção do elemento de aplicação deste (neste caso seriam os paineis de gesso). Na legislação portuguesa não existe nenhuma excepção deste genero pois não?

Já agora, conhece algum material que revestimento (tintas, vernizes, etc) que permitam chegar a um A2-s2 d0?

Muito obrigada novamente por ter respondido.

.. Então é um Local de risco B.
Não misture locais de riscos, pois para cada situação existem excepções e enquadramentos próprios...

Leia lá o Art. 45º, veja se consegue integrar esses materias de revestimento no ponto 1 e 2
Portanto 20% de revestimento máximo e classe de reacção ao fogo C-s1d0.

Em Portugal utilizam-se as normas Europeias, quando as mesmas são omissas poder-se-á utilizar outras desde que devidamente justificada... neste caso, não existe omissão, não pode utilizar as Brasileiras...
Marcas de tintas e Vernizes com proriedade ignifugas e intumescentes, tem a TRIA... mas para obtenção de determinado Class de reacção ao fogo, só através de ensaios. Ou então tem a sorte de ter uma situação idêntica a algum ensaio já realizado.

O Painel A-M, não é um painel de gesso cartonado.
Pelo que estive agora a investigar é um painel composto por gesso e fibras de vidro, com espessuras de 20mm e 25mm. com 1000x600mm.
Diz que é incombustível, mas não tem dados objectivos quanto à classe de reacção ao fogo (eu não encontrei)
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

Obrigada, mas neste caso teria de ser mesmo a totalidade da parede!

Aproveitando a sua disponibilidade, e não querendo abusar da boa vontade. Os projectos de licenciamento da 2ª cat risco UT VI, são entregues uma cópia na câmara respectiva, uma cópia à ANPC e outra aos bombeiros locais.

Relativamente à execução qual é o procedimento? É que o regulamento parece-me tão confuso e disperso relativamente a isto.

Obrigada novamente.

Leia o DL 220/2008, é explicito quanto ao procedimento para os Projectos (Artigos, 6, 16, 17, 18 e claro o ANEXO IV)

UT VI, de 2ª cat. de risco, só tem de entregar na Câmara o Projecto SCIE com o respectivo termo de responsabilidade, etc...
Não é obrigatório pedir parecer (consulta prévia) na ANPC. Só se voçê (por questões de segurança e de modo a ficar salvaguardado) ou o dono de obra assim entenderem, pagando a respectiva taxa.

Já agora consideram os cortinados como um revestimento de um local de risco?

Por exemplo num quarto de hotel os cortinados têm de possuir reação A1?

Cumps.

Eu para o caso de quartos penso que não há problema e não consideraria como material de revestimento (até porque não o é).

Para locais de risco B e vias de evacuação é que deverá haver algum cuidado, como poderás ver no ponto 1 e 2 do Art.º 45. Como não fala dos locais de risco E, admito que não se aplique.

Caro colegas, os móveis, cortinados e afins, não podem ser ensaiados quanto à Classificação de reacção ao fogo de igual modo que os restantes materiais de construção.. pelo que não se exige qq requisito.... Ou já sairam as Normas de ensaio destes produtos??!

Nota: Esta Informação resulta do decorrer de acção de formação que frequentei em 2010 - Lab. de reacção ao fogo do LNEC - Eng. Pina dos Santos.